sexta-feira, dezembro 29
quarta-feira, dezembro 27
Jean-Pierre Léaud, as duas faces da moeda
sexta-feira, dezembro 22
Le déjeuner sur l'herbe
quarta-feira, dezembro 20
A força do hábito
segunda-feira, dezembro 18
Natal!
domingo, dezembro 17
Bigger than life, uma viagem à loucura
Em Bigger than life Nicholas Ray dá-nos mais um exemplo do seu virtuosismo enquanto realizador. Houvesse de escolher um plano capaz de o resumir e ele seria o de um Avery (soberbo James Mason) fitando-se num espelho partido.
quinta-feira, dezembro 14
terça-feira, dezembro 12
segunda-feira, dezembro 11
A Morte 24 vezes por segundo
Em Lightning over water, para lá do acto de amor e de admiração de Wim Wenders por Nicholas Ray, o que mais impressiona é o retrato desapiedado da Morte. A câmara, de modo implacável, capta o definhar diário, a cada segundo, de Nicholas Ray que, apesar de ser um cadáver ambulante, ainda encontra forças para querer trabalhar num derradeiro projecto: Lightning over water. E, certamente, não haverá plano mais intenso e fantasmagórico do que aquele em que o realizador grita para a câmara, fitando o espectador, Cut! Alguns segundos que parecem uma eternidada em que Ray fita a câmara e vem o epílogo.
domingo, dezembro 10
The Searchers, a fronteira da porta
The Searchers começa com uma porta abrindo-se para John Wayne e conclui com a mesma porta fechando-se sobre ele. É, por assim dizer, como quem uma espécie de déjà vu, uma repetição. Se à medida que a porte se abre vemos a imensidão de Monument Valley apenas cortada pelo vulto de um homem montado a cavalo, a fechar sobrará apenas o fechar da porta a essa beleza. Com essa porta, Ford lança os alicerces de uma profunda reflexão sobre o comportamento humano em territórios e condições hostis. Reflexão onde reina a dimensão trágica da perda e a vontade cega de reunir a família que resta: é a procura pela desaparecida numa jornada quási-demencial.
sábado, dezembro 9
Implacável
Samuel Fuller, corria o ano de 1957, assinou Forty Guns e com ele marcou não a morte do western, mas sim o início da sua reinvenção, que viria a ser concluída magistralmente por Sergio Leone. Em Forty guns temos violência em estado puro, temperada/intensificada pela paixão de Griff e Jessica e de Chico e da jovem armeira. Quebraram-se as regras: vimos assassinatos pelas costas, uma explosão de violência num homícidio implacável à guisa de vindicta privada, o virtuosismo dos movimentos de câmara, planos cerrados dos olhares...mas, acima de tudo, impera Sam Fuller.
Sam Fuller, capaz de trabalhar o filme de género e o série B, fazendo-os oscilar entre a poesia e o grotesco. Forty Guns é um exemplo ímpar. Não só porque põe de lado alguns códigos do western, indiciando o fim do tom épico/mítico - de western só temos o cenário - mas também porque prova, se dúvidas havia, que o filme de género ou a série B dão grandes filmes. Algo que também os turcos da Nouvelle Vague cuidariam de demonstrar.
Similarmente, veja-se este texto do joseo.
quinta-feira, dezembro 7
Uma breve nota sobre Borat
quarta-feira, dezembro 6
La maman et la putain
La maman et la putain é um filme de alguém que ama o Cinema. É um acto de amor. Com ele Jean Eustache propôs, de certa forma, o regresso às origens da nouvelle vague, combatendo as tendências de estatismo - o Cinema de "Papa" - que Chabrol e Truffaut vinham manifestando.
segunda-feira, dezembro 4
Juventude em Marcha, uma obra-prima
Em Juventude em Marcha Pedro Costa regressa uma vez mais ao seu local de eleição: o Bairro das Fontainhas, verdadeiro Monument Valley do cineasta. Costa, como é seu timbre, oferece aos espectadores um filme denso e absorvente. Por vezes sufocante, tal é a sua obsessão por captar a realidade tal como ela é.
domingo, dezembro 3
Bande à part ?
Segundo a Wasted Blues, foi criada uma espécie de Bande à part em que ela, este escriba e este ilustre se passeiam pelas salas de Cinema. Sendo assim, é chegada a hora de perguntar: vamos ter de inspirar-nos nesta cena mítica e praticar os passos de dança...?
Creio que não digo asneira se disser que esta "Bande à part" recebe de bom grado todos os que nos queiram acompanhar nas incursões pelas salas de Cinema. Juntem-se à malta!
sábado, dezembro 2
Borat, ou como insultar sem limites
Sobre Borat, vide este texto do Francisco Valente.