Le déjeuner sur l'herbe
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Mais do que o impressionismo que impregna o filme - veja-se a luz que irradia por todo o décor mas, também a auréola luminosa que rodeia Nénette - o que mais impressiona, passe a expressão, é a actualidade da temática abordada. Em 1959, Renoir, um cineasta que sempre primou pelo Humanismo, fez com que uma simples camponesa, Nénette, levasse um ilustre sábio, defensor da reprodução artificial, a abdicar de tudo para poder gozar os pequenos prazeres da vida. Porque, em bom rigor, devemos deixar-nos guiar pelo carpe diem. Em Le déjeuner sur l'herbe foi a necessidade de sentir e de estar em contacto com a Natureza e com o Outro que ditaram o abandono dos gestos graves, maquinais e ensaiados à exaustão. Porque tudo se resume à comunhão. Quer com o Outro, quer com a Natureza. Acima de tudo, por mais avançada que seja a Ciência, ela jamais poderá substituir o Homem, os seus gestos e os seus afectos. Eis a lição de Renoir.
Para mais pormenores, veja-se este pequeno ensaio.
3 Comments:
Pequena grande surpresa descoberta na cinemateca! Sempre na excelente companhia da bande à part ;)
Carpe Diem! Feliz Natal Hugo! Abraço!
Wasted: a bande à part está sempre no acontecimento. eheh :-)
Francisco: agradeço e, obviamente, retribuo! Abraço! :-)
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