sexta-feira, agosto 17

Cinco...só Cinco?

Caro Luís, talvez porque vi uma referência ao Eustache, lembro-me logo do Jean-Pierre Léaud do La maman et la putain. Certamente porque é o "meu" filme. Irracionalidades à parte, lembrei-me logo de Klaus Kinski (Aguirre der Zorn Gottes ou Fitzcarraldo. É-me indiferente). Concordando com o Burton - e aqui não posso dizer I always contradict myself - e com os três inamovíveis (só porque o são e a gerência respeita regras), sobra mesmo pouco espaço.
Uma certeza: com Jannings não se brinca. Mas com o Stroheim que aparece em La grande illusion ou com o Gabin de Touchez pas au grisbi também não. E que dizer do sombrio Delon de Le Samouraï, esse exercício brilhante de não representação emque basta estar à frente da câmara? Que diabo, vem um top e naufrago sempre nos filmes do coração*.
Quanto a actrizes, basto-me com a Anna Karina do Vivre sa vie, a Rowlands de Faces, a Liv Ullmann (pode ser nas Cenas da vida conjugal) e a Leonor Silveira do Vale Abraão. Valem por cinquenta.
*coração à parte, também me lembrei do Chishu Ryu em Chichi Ariki, Jardel Filho no Terra em Transe e, pasme-se!, aquele que não sei bem quem é, mas assombra a minha existência constantemente de há (quase) um ano para cá: Ventura.
Adenda das 9 da madrugada: lembrei-me, também, do Serge Reggiani que aparece em Casque d'Or.