Estate violenta
Verão violento este que nos deixa abandonados no deserto da solidão e da ausência. Michelangelo Antonioni filmava desertos, planaltos de alienação e mares de incomunicabilidade. Mostrou o caminho da modernidade através da imagem e da abstracção. Também ele caminhou ontem para o grande vazio.
12 Comments:
Já temo pelo Godard...
eu também... até tenho medo da manhã de amanhã...
(estamos cada vez mais sozinhos, cada vez mais condenados a viver no passado que não nos pertence...)
Eu também já tremo pelo amanhã. Por mais que hajam geniais realizadores hoje em dia, criadores prolificos como Bergman ou Antonioni são insubstituiveis, pura e simplesmente já não existem.
Quando se vai a ver, se calhar o João Lopes até tem razão em escrever todas as semanas contra as telenovelas e clamar que o cinema está a desaparecer...
Não quero chover no molhado, mas tambéem temo por amanhã de manhã.
Pondo as coisas em perspectiva, Bergman tinha 89 anos e sabia-se que estava doente. Antonioni tinha 94 e sabia-se que estava muito doente, há já uma década.
Mas o choque não muda por causa disso. É tão forte como sempre será no caso daqueles que admiramos.
Este comentário foi removido pelo autor.
Morrem no mesmo dia aqueles que eram os dois maiores realizadores vivos. É uma tristeza infinita.
pois :-(
Absolutamente INSUBSTITUÍVEIS.
...Felizmente que são insubstituiveis. São dois realizadores que criaram obras-primas e isso é tão raro agora, como era no seu tempo. Simplesmente a distância histórica dá-nos outra perspectiva. Não, o cinema não está a morrer. Está sempre a reinventar-se. E o joão lopes dificilmente tem razão...afinal é o "autor" (argumentista) de obras tão importantes como " O Querido lilás" e "Lá fora". Desconfio que não é por aqui que o cinema vai sobreviver...
Uma boa maneira de homenagear os dois Autores falecidos é partilhar-mos a sua Obra com quem ainda não a conhece. Viva o Cinema Vivo!
Meu Deus, eles estão nos deixando! Será esse um ano de despedidas? Por favor, não faça isso conosco, pobres cinéfilos das noites já vazias! Antonioni, Bergman, Altman, quantos mais de uma só vez?
(http://claque-te.blogspot.com): Fabricando Tom Zé, de Décio Matos Jr.
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Um abraço
E eu que os julgava imortais.
apesar do seu desaparecimento fisico as constelações Bergman e Antonioni permanecerão cintilantes no firmamento da criação artistica.
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