sexta-feira, fevereiro 16

Pergunta recorrente...

...não só dos últimos dias, mas como de sempre. Em 2004, Philippe Garrel abriu o livro de memórias e, fazendo-o, soube dar o retrato de um presente desencantado. Apenas mitigado por sonhos opiáceos e uma crença ingénua num qualquer devir que, certamente, se augurava mais radioso. Apenas sobrava espaço para a fuga em frente, para as manifestações incontidas de falsa alegria, pungentemente agridoce e desesperada. Algo que só está alcance de alguns eleitos. Mais do que filme de memórias de um evento marcante da história recente, "Les amants réguliers" é, também, um retrato de uma faceta humana. A procura da alegria, a projecção no outro, o desencanto com o Mundo. Tragicamente, no fim, apenas sobram ambições frustradas. Eis uma certeza inabalável.

4 Comments:

Blogger Nathako said...

Les Amants réguliers...

Très beau film sur une certaine jeunesse, pas toujours aussi courageuse que ce que la légende de mai 68 raconte... Vision réaliste mais poétique d'une jeunesse en quête.

Cette scène de danse m'avait fait beaucoup de bien pendant le film, je ne me souviens plus pourquoi, mais je me souviens juste de cette sensation.

2:40 da tarde  
Blogger Nuno said...

Un moment hors du temps...

3:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que filme fabuloso. Foi uma obra que me envolveu por inteiro. É que como se estivéssemos lá... E embora todo o estilhaçar de ideais e o abrir de portas ao vazio do "depois", há algo que nem sei explicar bem que me fascina tremendamente - nessa época, neste filme (e no Garrel filho ;) )

11:02 da tarde  
Blogger Hugo said...

Cette scène me fais rêver toujours :-)

5:40 da tarde  

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