O poema das noites brancas
Uma novela luminosa de Dostoievski e um filme onde Visconti, contrariando a preferência por cenários reais, roda na íntegra em estúdio, recriando uma atmosfera onde o fantástico domina. Uma viagem a universos contrastantes: o real versus irreal, passado versus presente... mundos separados por um pequeno canal e apenas ligados por uma ponte. Realidades díspares que também são dois pontos extremos, já que o onirismo que abraça o romance de Mario e e Natalia cederá o seu lugar ao deserto da solidão. Ilusão, alegria fugaz e desencanto. Em Le notti bianche temos um verdadeiro tratado da paixão e do sentir humanos, tal como um jogo constante entre o real e o ideal: a final, fica a sensação do quase. É a queda na realidade e o amor que foge, como a areia esvaindo-se nas mãos.
6 Comments:
Pronto, pronto... prometo que vejo o meu Criterion este fim-de-semana ;)
humm...divorzio all'italiana, hei-de ver.
Pasolini, genial! La grande bouffe, Chabrol, Jean Pierre Léaud, Dr. Strangelove idem. Tens um blog de excelentes conteúdos.
"É a queda na realidade e o amor que foge, como a areia esvaindo-se nas mãos."
Bonito Hugo.
o habitante: obrigado :-)
Wasted blues, amiga, acho que vais adorar!
filipa d.: obrigado. tento fazer por isso :-)
A última frase é... desarmante.
Em boa hora me linkei a este "Amarcord" !
bela sugestão ...
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