quinta-feira, fevereiro 15

O poema das noites brancas

Uma novela luminosa de Dostoievski e um filme onde Visconti, contrariando a preferência por cenários reais, roda na íntegra em estúdio, recriando uma atmosfera onde o fantástico domina. Uma viagem a universos contrastantes: o real versus irreal, passado versus presente... mundos separados por um pequeno canal e apenas ligados por uma ponte. Realidades díspares que também são dois pontos extremos, já que o onirismo que abraça o romance de Mario e e Natalia cederá o seu lugar ao deserto da solidão. Ilusão, alegria fugaz e desencanto. Em Le notti bianche temos um verdadeiro tratado da paixão e do sentir humanos, tal como um jogo constante entre o real e o ideal: a final, fica a sensação do quase. É a queda na realidade e o amor que foge, como a areia esvaindo-se nas mãos.

6 Comments:

Blogger C. said...

Pronto, pronto... prometo que vejo o meu Criterion este fim-de-semana ;)

4:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

humm...divorzio all'italiana, hei-de ver.

Pasolini, genial! La grande bouffe, Chabrol, Jean Pierre Léaud, Dr. Strangelove idem. Tens um blog de excelentes conteúdos.

8:40 da tarde  
Blogger oh said...

"É a queda na realidade e o amor que foge, como a areia esvaindo-se nas mãos."

Bonito Hugo.

12:23 da manhã  
Blogger Hugo said...

o habitante: obrigado :-)

Wasted blues, amiga, acho que vais adorar!

filipa d.: obrigado. tento fazer por isso :-)

2:00 da manhã  
Blogger Nuno said...

A última frase é... desarmante.

2:13 da manhã  
Blogger Isabel Victor said...

Em boa hora me linkei a este "Amarcord" !

bela sugestão ...

6:04 da tarde  

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