quarta-feira, outubro 24

Cisão

De tanto bater o meu coração parou*:
Vivia no maior dos lodos: acossado por pressões externas, enjaulado por um meio opressivo, cinzento e pesado. Caiu num poço nigérrimo, mas acabou por encontrar a tábua de salvação: celulóide em movimento, devidamente temperado pela Literatura. Aos cifrões do Mundo que conhecia, preferiu a estética pura da Arte. Aos caros falsos amigos, preferiu a solidão da meditação. À fusão com a massa disforme da multidão, preferiu a cisão: mais vale só do que mal acompanhado.
*ou: rever o filme de Jacques Audiard e pensar no próprio umbigo.

5 Comments:

Blogger Nuno said...

Eis um filme que gostaria de ter escrito.

11:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Dor

Volta aquela dor antiga. Uma dor que dói sem que se saiba bem onde dói, por isso dói mais.
É,talvez, a consciência das coisas, ou só a consciência que não nos deixa ser simplesmente

manuel silva-terra

***** ***** *****
Um grande argumento. Um realizador genial. Bons actores. O resultado é um obra-prima!

Hugo Duris? Romain Alves?
Muitas semelhanças. Serão sósias?

PS. O post está excelente. És tu!

12:58 da manhã  
Blogger C. said...

Tal e qual.

12:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ver(a)(i)rónica!!!

2:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vera, Ver(a)(ir)ónica !!!!!

4:22 da tarde  

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