Post macunaímo-morettiano
Após 16 horas de uma dura e intensa maratona negocial, ao Herói só acorria uma frase "Ai que preguiça". Apesar da sensação do dever cumprido, o Herói experimentava o estranho sentimento de estar num Mundo que conhecia, mas teimava em não perceber. Um Mundo onde a baixeza e os instintos vis imperam, mas onde - certamente por milagre - se conhecem alguns pedaços de criação dignos de ser conhecidos. Apesar de tudo, o Herói não deixou de sentir a sensação de passear pelos corredores da alta finança galopando na sua Vespa, de óculos escuros e sempre com observações irónicas, prontas a brindar os interlocutores enfiados em fatos escuros e com forcas ao pescoço. Compreendia-os, apoiava-os, incentivava-os, mas não deixava de sentir uma compaixão paternalista pela pequenez das suas condutas. Tem mais não?
4 Comments:
Serei eu das únicas pessoas a não gostar de Querido diário? Apesar de gostar muito do tributo a Pasolini...
"Perdoai-lhe que eles não sabem o que fazem".
O herói é também devido ao que aqui foi dito, meu amigo. Perdão. Meu Grande Amigo!
gosto de filmes sobre Cinema e de cineastas politicamente empenhados...
Grande Barra, não te pago para fazeres elogios! :-)
Grande Morreti...ainda por cima estão aí novos filmes dele em dvd. Abraço
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