quarta-feira, maio 9

Reflexão (quase) herética

Ver um Straub-Huillet é uma experiência mista, cujas componentes, apesar de complementares, são (aparentemente) contraditórias:
  1. equivale a bater contra um muro de betão. É um Cinema sólido. Impera o plano-sequência. Por via de regra, o argumento tem por base textos literários.
  2. implica um acto de contemplação. A composição da imagem (pensemos, por exemplo, na inspiração retirada do expressionismo alemão), apesar da aparente simplicidade, esconde uma riqueza indesmentível.
Straub, pedaço de Criação absolutamente verborreico, apelidava o raccord como a invenção mais estúpida do Cinema. Talvez por esse motivo o centro gravitacional do Cinema da dupla Straub-Huillet resida na procura de registar o real, da forma, passe a expressão, mais verídica possível.

1 Comments:

Blogger joanarizerio@gmail.com said...

emocionante o seu blog. parei aqui muito por acaso, numa busca de imagens e me deparei com o nome de um de meus filmes preferidos. apesar de o meu blog não ser exatamente cinéfilo, sou muito ligada a essa arte, um dos primeiros posts foi sobre como conheci o cinema. um beijo!

7:14 da tarde  

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