Está bonita a Feira...
...mas o tempo nem por isso. Apesar de tudo, não há melhor forma do que selar uma semana infernal percorrendo as barracas instaladas no Parque. É certo que as ditas barraquinhas não têm um ar respeitável. Pelo contrário, algumas fazem lembrar bunkers ou, quando muito, construções terceiro-mundistas. Estranhamente - ou talvez não - são a melhor forma de, temporariamente, dar vida a uma zona da Cidade que, nos dias remanescentes, está quase esquecida. Mas eis o mais importante: viajar pelas ideias que outros verteram no papel, partilhando e abrindo o seu Eu a um Mundo mais vasto, é pretexto mais do que suficiente para perder algumas horas lendo, folheando livros e fazendo a corte ao livro que, quase invariavelmente, acabamos por comprar.
Os suspeitos do costume são conhecidos: Relógio d'Água, Assírio e Alvim e Livros Cotovia. Em segunda linha vêm a Caminho (porque publica grandes autores de expressão portuguesa) e a Dom Quixote (só porque têm Lobo Antunes e, sobretudo, Maria Velho da Costa). Junte-se estoutro: o sítio do costume. Afinal de contas, o Cinema também está bem representado. E recomenda-se.
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