E agora, Paulo?
Paulo Branco
Os méritos de Paulo Branco enquanto produtor são inegáveis. Basta ver o seu curriculum para verificarmos que estamos perante uma figura de primeira linha no meio cinematográfico. Ao ponto de ter integrado o Júri do Festival de Veneza de 2006.
No que toca ao seu papel enquanto distribuidor, uma das facetas que mais lhe gabei prendeu-se com o facto de sempre ter pautado a sua actuação pela divulgação não só do Cinema Europeu, mas, também, por ter sido um defensor do Cinema Português, produzindo obras de Manoel de Oliveira - autor com quem a relação existente cessou recentemente -, João César Monteiro, João Botelho, Pedro Costa ou Teresa Villaverde.
Os méritos de Paulo Branco enquanto produtor são inegáveis. Basta ver o seu curriculum para verificarmos que estamos perante uma figura de primeira linha no meio cinematográfico. Ao ponto de ter integrado o Júri do Festival de Veneza de 2006.
No que toca ao seu papel enquanto distribuidor, uma das facetas que mais lhe gabei prendeu-se com o facto de sempre ter pautado a sua actuação pela divulgação não só do Cinema Europeu, mas, também, por ter sido um defensor do Cinema Português, produzindo obras de Manoel de Oliveira - autor com quem a relação existente cessou recentemente -, João César Monteiro, João Botelho, Pedro Costa ou Teresa Villaverde.
Outra das iniciativas que mereceu aplauso generalizado foi o lançamento do King Kard, o cartão mágico que em muito facilitava o acesso dos amantes do Cinema ao seu objecto de culto, já que o preço da mensalidade (15€) era relativamente reduzido, sobretudo tendo em consideração que permitia ver até 2 filmes por dia, sem qualquer custo adicional.
Ora, por decisão unilateral da Medeia Filmes, S.A. (faço uso das palavras constantes do comunicado enviado pela Millenium, S.A. aos detentores do King Kard), o King Kard não mais será aceite nas salas exploradas pela dita sociedade comercial. Em sua substituição, poucos dias depois, surge o Medeia Card, cartão em tudo idêntico ao King Kard, mas com a vantagem de ter uma mensalidade menos dispendiosa.
Perante isto, bailam na minha cabeça apenas duas palavras: concorrência desleal. Confesso que tinha Paulo Branco e o seu pequeno império dedicado ao Cinema em boa conta. Embora nada fosse perfeito. Basta lembrar o facto de muitos filmes distribuídos por Paulo Branco terem apenas uma cópia, o que levava a que estreassem muito mais tarde fora de Lisboa, como muito bem se chamou a atenção, por variadas vezes, no Duelo ao Sol.
Caso para dizer: E agora, Paulo? Só espero é que não haja muitas reacções similares à do Alberto Sordi...
9 Comments:
:-) Esse teu final está um espanto! :-)))Eu cá acho que vai haver!
o King Kard vai ser só utilizado no Alvaláxia?
Tens alguma sugestão de filmes franceses para jovens de 16/18 anos muito resistentes ao cinema deste país?
Sim, só vai ser usado no Alvaláxia. Nos cinema do grupo Medeia só o novo Medeia Card.
Eu diria, destes modernos, um Amélie Poulain ou um Delicatessen. Dos clássicos talvez um Les 400 coups ou um Bob le flambeur ou um Touchez pas au grisbi (estes últimos dois belos policiais), ou então o Jour de fête do Tati ou qualquer um dos filmes dele em que entre o Senhor Hulot (Mon oncle, les vacances de M. Hulot, Playtime e Traffic). Ninguém resiste ao senhor Hulot.
Nada a ver com o tópico, mas você já assistiu ao NAKED AND THE DEAD do Walsh? Vi que você gosta muito do livro.
Obrigada, Hugo. O Amélie já eu lhes mostrei, vou acatar as tuas sugestões.
Obrigada, mais uma vez.
Acatar, salvo seja. São só sugestões. Podem até não gostar :-)
Bruno: Por acaso, ainda não vi. E sim. Gosto muito do livro. Para além de ser muito bem escrito, causa arrepios ver como é que o Norman Mailer, com 25 anos, conseguiu escrever uma obra de fôlego como aquelas. Nem sequer parece um romance de estreia. Pelo contrário, parece um romance de grande maturidade.
Lis, também podes tentar "A residência espanhola" ;)
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