Interpretações memoráveis II
Em plano de destaque, Jeanne Moreau em Jules et Jim
Após ver Jules et Jim de François Truffaut, resulta impossível não ficar marcado pela sensacional perormance de Jeanne Moreau (Catherine). Se houvesse que fazer algum resumo desta interpretação (bem como da personagem), certamente seria este, constante da belíssima chanson Le tourbillon de la vie, que faz parte da banda sonora do filme:
"Elle avait des bagues à chaque doigt,
Des tas de bracelets autour des poignets,
Et puis elle chantait avec une voix
Qui, sitôt, m'enjôla.
Elle avait des yeux, des yeux d'opale,
Qui me fascinaient, qui me fascinaient.
Y avait l'ovale de son visage pâle
De femme fatale qui m'fut fatale (...)"
Georges Bassiak
Afinal de contas, foi graças a Catherine que conhecemos a vertigem da vida. Só isso já merece todos os elogios possíveis.
3 Comments:
É a minha primeira participação neste humilde estaminé. Penitencio-me por isso.
Assino por baixo o que disseste. E digo que acho incrível como uma mulher com aquelas olheiras pode ser tão bela.
Take care,
Miguel Domingues
Caríssimo,
Não há nada por que te penitenciares. Quanto à Jeanne Moreau é, de facto, incrível como alguém "assim" consegue ser tão contagiante e belo. C'est le tourbillon de la vie, e isso diz tudo...
Aparte: em "La notte" do Antonioni ela também está muito, mas mesmo muito bem. Neste particular, o Ingmar Bergman ia ao ponto de afirmar a principal razão para o filme ser bom era a Jeanne Moreau...
:)
É precisamente esse tom realista (e, apesar de tudo) extremamente humano que faz com que ponha o Truffaut bem alto nas minhas preferências...
Infelizmente, ainda não tive oportunidade de ler o livro, mas já está na lista de prioridades :)
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