sexta-feira, junho 15

Pequena grande ironia

(imagem retirada, com a devida vénia, daqui)
Não de deixa de ser irónico o facto de ter sido um suiço, Alain Tanner, um dos poucos a saber captar a essência da cidade de Lisboa (no que à Sétima Arte diz respeito, claro). Em Dans la ville blanche o tempo pára. Tudo se resume a deixar fluir o tempo, que deve ser sentido, pressentido e saboreado. E, mais importante, a deambular pela cidade de câmara na mão, procurando captar a simbiose entre o tempo e o espaço da cidade. Lisboa é uma cidade dada ao Cinema. Dans la ville blanche é um belo exemplo disso mesmo.

7 Comments:

Blogger Nuno said...

Exactement, mon ami :)

1:38 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Muito "very typical..." A Cidade que anda devagar e é habitada por mulheres como a Teresa Madruga?!!? perdõe-me Hugo mas bastante mediocre e datado.

9:17 da manhã  
Blogger intruso said...

[um filme sobre fugir, estar, transgredir... ociosamente;
misturar-se com a cidade, mestiça

gosto muito do filme...

a Lisboa ali pode ser "datada", mas há algumas coisas que se mantêm...]

10:25 da tarde  
Blogger q.crescente said...

Um filme sobre a luz de lisboa, como ela se mistura com as pessoas. Gostei muito... confesso que vi 2 vezes.

12:17 da manhã  
Blogger Hugo said...

Ter um leitor como UZI é, confesso, um prazer. Afinal, vão sendo raras as pessoas que, polidamente, censuram/lançam reparos a este escriba de serviço. :-)

Gosto da lógica de "enfiar tudo num parêntese" de "Dans la ville blanche" e, tal como o Intruso, apesar de datado, penso que muito do espírito luso ainda é captável no filme. Este é mais um daqueles filmes que me toca no lado sentimental...

1:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado Hugo, é um prazer fazer "reparos". Ainda sobre este filme e sobre a alma de Lisboa, não lhe parece que "As recordações da Casa Amarela" fala muito mais dessa Lisboa?

9:08 da manhã  
Blogger Hugo said...

Sim (eu é que ando a precisar de o rever, confesso)

7:32 da tarde  

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