Masques, ou do fenómeno da interposição
Já se sabe que nas relações com o Outro, consciente ou inconscientemente, colocamos máscaras, passamos (tentamos, por vezes...) pelo que não somos, seduzimos...a máscara é o adereço que se coloca entre nós e o Mundo, interpondo-se entre o nosso Ser e o Mundo do Ser. Em Masques, de Claude Chabrol, esse conceito é levado ao extremo: um apresentador de televisão cria uma imagem de bonomia e de afabilidade, de molde a esconder os crimes cometidos. Todavia. em Masques, Chabrol não se fica pela análise do fenómeno da interposição. Também critica, com antecedência (estamos em 1987!), a reality tv. Com efeito, só na mente perversa de Chabrol se pode ficcionar um programa onde os protagonistas são idosos que desempenham números de variedades, cantando modas antigas e dançando na plateia. Algo que, por mais estranho que pareça, não se afasta da realidade.
2 Comments:
Humm, curioso!
PS - já virá a caminho ;)
Tenho mesmo de o ver, este...
Enviar um comentário
<< Home