segunda-feira, abril 23

Masques, ou do fenómeno da interposição

Já se sabe que nas relações com o Outro, consciente ou inconscientemente, colocamos máscaras, passamos (tentamos, por vezes...) pelo que não somos, seduzimos...a máscara é o adereço que se coloca entre nós e o Mundo, interpondo-se entre o nosso Ser e o Mundo do Ser. Em Masques, de Claude Chabrol, esse conceito é levado ao extremo: um apresentador de televisão cria uma imagem de bonomia e de afabilidade, de molde a esconder os crimes cometidos. Todavia. em Masques, Chabrol não se fica pela análise do fenómeno da interposição. Também critica, com antecedência (estamos em 1987!), a reality tv. Com efeito, só na mente perversa de Chabrol se pode ficcionar um programa onde os protagonistas são idosos que desempenham números de variedades, cantando modas antigas e dançando na plateia. Algo que, por mais estranho que pareça, não se afasta da realidade.

2 Comments:

Blogger C. said...

Humm, curioso!

PS - já virá a caminho ;)

12:22 da tarde  
Blogger Nuno said...

Tenho mesmo de o ver, este...

2:07 da tarde  

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