A força da palavra
Tu m'as dis je t'aime,
je t'ai dit attends,
J'allais dire prends-moi
tu m'as dit vas-t-en
Ainda o écran está negro e já temos o mote dado para o que se irá seguir. A escuridão do écran é fulminada pela luz e pela vitalidade da palavra. O resto é conhecido de todos. 105 minutos de puro lirismo, onde as fronteiras entre a palavra escrita e a imagem em movimento se esbatem, levando-nos a acreditar que a arte, pura e simplesmente, não tem quaisquer fronteiras. Sente-se, pressente-se e mostra-se avessa a qualquer classificação. Por um motivo simples: é per se, não carecendo de quaisquer adjectivos que justifiquem a sua vitalidade e a sua beleza. La vie c'était l'écran.
7 Comments:
La valse des sentiments...
Et un film si beau, tout simplement.
Só uma pequena correcção, Hugo. Em português escreve-se "écrã" e não como a grafia francesa "ecran" como usaste. Abraço.
Segundo o dicionário da academia, é "écrã", eu sei. Mas confesso que ainda não vi grande consenso nesse ponto (segundo esse dicionário também se escreve "dossiê" em vez de "dossier"). "écran" é mesmo uma embirração minha. De qualquer modo, obrigado
Filme lindíssimo que vi pela primeira vez na 2f quando passou na Cinemateca.
Eu fui lá revê-lo na 2a-feira. Jules et Jim faz parte de um lote restrito de filmes que têm a virtualidade de fazer com que o ora escriba acredite na beleza da vida.
Ou da morte, neste caso.
Também, Francisco
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