A afirmação absoluta
Expliquem-me isto, se fazem favor, como se eu tivesse 5 anos, fazendo, se necessário, um desenho/quadro justificativo. É que fazer afirmações de teor absoluto sem curar, sequer, de tentar justificar o porquê e, a final, escudar-se na subjectividade parece, manifestamente uma fuga em frente. Não tanto por se tratar de marcos, mas porque atitudes deste calibre, mais do que fomentar o diálogo salutar, são propensas a fomentar a agressão verbal (coisa que, obviamente, se desaconselha).
É óbvio que um dado filme nos toca mais do que outros. Tal facto deve-se, sobretudo, às próprias vivências pessoais do espectador e ao momento em que a obra é vista. Acontece que, fazendo uso de um mínimo de racionalidade, conseguimos topar se um filme é fundamental, perdão, diferente (para o bem e para o mal). Acontece, ainda, que cada um dos filmes elencados serviu de dínamo/propulsor para muitas grandes obras. Ver Cinema é educar o olhar, alimentar a curiosidade e, simultaneamente, fazer o curioso (inevitável) exercício de comparar A a B ou o plano de X que é recriado em Z.
Não me levem a mal, que isto não é por se ir "contra a história", mas sim pelo mero falar por falar. O que se aprecia é o debate de ideias e não tanto a afirmação seca. No caso do Bresson, acho, salvo o devido respeito, que é mesmo uma falta de decoro total: Au hasard Balthasar é uma lição constante do uso da elipse.
9 Comments:
Para mim, ainda é mais chocante o caso de "L'Atalante", que é um dos filmes mais adultos que já vi__
É um post prodigioso pela sua erudição e complexidade, é normal que vocês não o compreendam, mas agora também não tenho tempo para explicar.
É um post tão simplista e cândido que daá vontade de sorrir. Julgar o valor dos filmes em pressupostos como "o que vale para mim" ou o valor "histórico" ou falar em valor "absoluto", não são mais do que formas refinadas de simples "Bitaites".
Em termos simple: O valor de uma obra de arte, seja um filme ou uma pintura,depende essencialmente da utilização criativa da forma e do conteudo, e dos diversos niveis de leitura que essa utilização permite ao espectador.
De qualquer modo dizer que o filme do Bresson é sobrevalorizado, não é uma provocação, é apenas um disparate.
são um bando de palhaços armados em intelectuais!
http://projectordosotao.blogspot.com/2008/03/quest-ce-que-le-cinema.html
Cumprimentos cinéfilos!
Opiniões são opiniões.
É por isso que a cinefilia não é uma ciência exacta.
Como explicar aqueles nossos pequenos "guilty pleasures" que são filmes claramente maus mas que nos cativam tanto?
Cumprimentos cinéfilos.
Um disparate absoluto, como já fiz questão de comentar no referido blog (embora com dúvidas que o publiquem). Pela enorme quantidade de alarvidades que tenho lido e ouvido últimamente, o bom gosto cinéfilo português é uma espécie em vias de extinção.
Este post, com o devido respeito, não qualquer nexo.
VER UM FILME É:
((surpreenda-se))
((tambores a rufar))
((expectativa ao auge))
((suspense no máximo))
((tcharammm:))
VER UM FILME.
A relatividade está em tudo. Nada é absoluto.
Viva o Einstein.
--> PS: Sam, a cinefilia não é sequer uma ciência. Mas pronto, também isso é discutível.
Ahahaha.
Sabrina, pois não é (embora o cinema, na sua vertente técnica, não deixe de possuir um certo aspecto "científico").
Agora, opinar/criticar/dissertar sobre um filme (ou seja, cinefilia)nunca será uma "actividade" que respeite padrões pré-estabelecidos de qualquer espécie. Um filme é sempre um alvo de discussão.
Cumprimentos.
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