Uma conversa de Cinema...
...que acabou nos livros do Libertário Pacheco. Numa animada conversa com um prestável e cultíssimo alfarrabista, perante o meu folhear curioso de uns antigos cadernos de Cinema e de exemplares de O Cinéfilo, sai um provocador:
- Em coisas de Cinema, nada como cineastas cultos dotados com grande talento para a escrita.
- Ora nem mais - grunho, continuando a folhear os caderninhos.
- O César Monteiro, esse sim. Um Pacheco temperado pela graça de Hölderlin, a ironia de Guerra Junqueiro e o desencanto célininano. Por falar nisso, tenho aqui Céline e, se gostar, umas coisinhas do Pacheco...
- Pois, se for o Pacheco versus Cesariny não vale a pena, que já estou muito bem servido. O mesmo vale para o Céline. Para além do mais, era humor vitriólico e desencanto em demasia para um dia tão católico.
- (risos) Melhor, muito melhor. Veja lá isto:
Livros, perdão, livros e folhetim devidamente acautelados debaixo do braço, não fosse o Diabo tecê-las, a conversa continuou: Vítor Silva Tavares e a sua magnífica &ETC, histórias de Cardoso Pires e o inevitável regresso a Max Monteiro e às suas taras literárias. Resultado: Pacheco veio acompanhado dos 120 dias de Sodoma, do Divino Marquês. Um raccord curioso com o mote da conversa, por sinal.
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